Nestes últimos meses têm-se avolumado os casos de utentes do SNS que em último recurso se têm deslocado a Cuba para a realização de operações às cataratas após anos e anos à espera para serem chamados no SNS português. Porque acontece?
A razão principal tem sido a falta de vontade dos profissionais para operar no sector público, uma vez que, como a maioria trabalha nos hospitais privados, lhes fica económicamente mais favorável executar a operação no privado. Tal facto, provoca que haja médicos que operam dois doentes por semana no público, mas operam um elevado número de doentes no privado numa tarde se for necessário. Este poder que está instalado no sector médico em Portugal advém do grande poder e influência que a Ordem dos Médicos consegue exercer na política de saúde em Portugal. O número clausus de vagas postas a concurso nos internatos médicos é definido em função dos critérios da respectiva Ordem, não se conhecendo muito bem quais são esses critérios. Por outro lado, o acesso às faculdades de medicina não é fácil e o número de vagas disponíveis anualmente não é muito grande. Isto provoca que a oferta de médicos no mercado de trabalho é escassa, provocando a necessidade de recorrer aos médicos espanhóis. Da escassez de oferta resulta que eles consigam todo o poder que têm, só fazendo aquilo que querem. Não há nenhum político ou dirigente que consiga a curto prazo por côbro a isto sem lhes satisfazer as necessidades, nomeadamente financeiras. A verdade, é que perante isto, a nível salarial eles são e continuam a ser previligiados em relação a outras classes profissionais.
As cirurgias a Cuba são um escape e uma forma económica de resolver o problema. Segundo um dos autarcas que já enviou doentes do seu concelho a Cuba, uma operação aos dois olhos fica por 1300€, já com viagem, estadia de 15 dias e a operação às duas vistas. Em Portugal, a mesma operação, fica pelo dobro ou pelo triplo. Perante isto, há que pensar sériamente as razões de fundo que provocam a falta de resposta do SNS, e tirar as devidas conclusões. A verdade é que no SNS existe toda a tecnologia disponível, com o mais alto nível de qualidade...só faltam médicos com vontade de a utilizar de forma eficiente.
A razão principal tem sido a falta de vontade dos profissionais para operar no sector público, uma vez que, como a maioria trabalha nos hospitais privados, lhes fica económicamente mais favorável executar a operação no privado. Tal facto, provoca que haja médicos que operam dois doentes por semana no público, mas operam um elevado número de doentes no privado numa tarde se for necessário. Este poder que está instalado no sector médico em Portugal advém do grande poder e influência que a Ordem dos Médicos consegue exercer na política de saúde em Portugal. O número clausus de vagas postas a concurso nos internatos médicos é definido em função dos critérios da respectiva Ordem, não se conhecendo muito bem quais são esses critérios. Por outro lado, o acesso às faculdades de medicina não é fácil e o número de vagas disponíveis anualmente não é muito grande. Isto provoca que a oferta de médicos no mercado de trabalho é escassa, provocando a necessidade de recorrer aos médicos espanhóis. Da escassez de oferta resulta que eles consigam todo o poder que têm, só fazendo aquilo que querem. Não há nenhum político ou dirigente que consiga a curto prazo por côbro a isto sem lhes satisfazer as necessidades, nomeadamente financeiras. A verdade, é que perante isto, a nível salarial eles são e continuam a ser previligiados em relação a outras classes profissionais.
As cirurgias a Cuba são um escape e uma forma económica de resolver o problema. Segundo um dos autarcas que já enviou doentes do seu concelho a Cuba, uma operação aos dois olhos fica por 1300€, já com viagem, estadia de 15 dias e a operação às duas vistas. Em Portugal, a mesma operação, fica pelo dobro ou pelo triplo. Perante isto, há que pensar sériamente as razões de fundo que provocam a falta de resposta do SNS, e tirar as devidas conclusões. A verdade é que no SNS existe toda a tecnologia disponível, com o mais alto nível de qualidade...só faltam médicos com vontade de a utilizar de forma eficiente.
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