Numa altura em que o país assistiu à queda de uma locomotiva ao rio Tua, voltou a debater-se a falta de condições e os prejuizos que determinadas linhas dão a quem as explora.
Todos nós sabemos que desde meados da década de 80, após a entrada na UE, se assistiu a um gradual abandono do património ferroviário, que se traduziu no encerramento de diversas linhas e estações, promovendo o abandono e a desertificação de zonas isoladas que tinham no combóio o seu meio de transporte. Houve a preocupação de construir estradas, auto-estradas, investir milhões na linha do norte, esquecendo todas as outras linhas do país. O Algarve ficou esquecido, o Alentejo igual, apenas o litoral norte existia para quem na altura liderava os sucessivos Governos e para as administrações da CP.
Mas esse desinvestimento surtiu efeitos nefastos, não só nas populações, levando à sua saída para o estrangeiro devido ao esquecimento do interior e consequentemente à falta de investimentos que criassem postos de trabalho, mas também ao turismo e ambiente, promovendo o uso de transporte individual com todas as consequências que daí advêm para o meio ambiente.
As pessoas desabituaram-se de usar os transportes colectivos, o que associado ao desinvestimento e degradação das linhas existentes, conduz a que cada vez menos pessoas procurem os combóios para se deslocarem. Quem troca o conforto dos carros actuais pelo desconforto de uma automotora com muitos anos de idade e sem condições que circula em linhas com pouca ou nenhuma manutenção que oferecem pouco conforto? Há que pensar que o consumidor é cada vez mais exigente, o que não é compatível com o desinvestimento no transporte público e no abandono do nosso património. Há que motivar e agarrar as pessoas ao transporte público, criando as condições necessárias de conforto e rapidez que se exige, elevando o nível de qualidade dos serviços de forma a contribuir não só para obtermos um melhor ambiente com menos emissões poluentes, mas também um maior e melhor desenvolvimento regional e consequentemente nacional.
Não existe só litoral, o interior faz parte de qualquer país e há que saber aproveitá-lo, fixando lá as pessoas e criando condições para que haja investimentos nessas zonas. Uma ligação ferroviária que ligasse Bragança a Faro, tal como a ligação rodoviária do IP2 que após tantos anos de se ter iniciado ainda não foi completada, seria uma mais valia para todo o país, permitindo que houvesse maior mobilidade e maior desenvolvimento regional. É certo que esta hipótese requer algum investimento, mas alguns troços já estão modernizados e poderiam ser aproveitados. Ora vejamos: Bragança à Guarda teria de ser construido de raiz, mas daí até Castelo Branco já está ou estará modernizado em breve. Castelo Branco a Portalegre e Portalegre a Évora teria de ser modernizado, sendo que Évora a Beja não requer um grande investimento, já havendo ligação...destas localidades sairiam ligações como a linha do Douro, da Beira Alta, da Beira Baixa, do Alentejo, que fariam a interligação entre a linha interior e a linha do norte, criando uma verdadeira rede ferroviária que permitiria um maior desenvolvimento destas zonas e do próprio país...
Todos nós sabemos que desde meados da década de 80, após a entrada na UE, se assistiu a um gradual abandono do património ferroviário, que se traduziu no encerramento de diversas linhas e estações, promovendo o abandono e a desertificação de zonas isoladas que tinham no combóio o seu meio de transporte. Houve a preocupação de construir estradas, auto-estradas, investir milhões na linha do norte, esquecendo todas as outras linhas do país. O Algarve ficou esquecido, o Alentejo igual, apenas o litoral norte existia para quem na altura liderava os sucessivos Governos e para as administrações da CP.
Mas esse desinvestimento surtiu efeitos nefastos, não só nas populações, levando à sua saída para o estrangeiro devido ao esquecimento do interior e consequentemente à falta de investimentos que criassem postos de trabalho, mas também ao turismo e ambiente, promovendo o uso de transporte individual com todas as consequências que daí advêm para o meio ambiente.
As pessoas desabituaram-se de usar os transportes colectivos, o que associado ao desinvestimento e degradação das linhas existentes, conduz a que cada vez menos pessoas procurem os combóios para se deslocarem. Quem troca o conforto dos carros actuais pelo desconforto de uma automotora com muitos anos de idade e sem condições que circula em linhas com pouca ou nenhuma manutenção que oferecem pouco conforto? Há que pensar que o consumidor é cada vez mais exigente, o que não é compatível com o desinvestimento no transporte público e no abandono do nosso património. Há que motivar e agarrar as pessoas ao transporte público, criando as condições necessárias de conforto e rapidez que se exige, elevando o nível de qualidade dos serviços de forma a contribuir não só para obtermos um melhor ambiente com menos emissões poluentes, mas também um maior e melhor desenvolvimento regional e consequentemente nacional.
Não existe só litoral, o interior faz parte de qualquer país e há que saber aproveitá-lo, fixando lá as pessoas e criando condições para que haja investimentos nessas zonas. Uma ligação ferroviária que ligasse Bragança a Faro, tal como a ligação rodoviária do IP2 que após tantos anos de se ter iniciado ainda não foi completada, seria uma mais valia para todo o país, permitindo que houvesse maior mobilidade e maior desenvolvimento regional. É certo que esta hipótese requer algum investimento, mas alguns troços já estão modernizados e poderiam ser aproveitados. Ora vejamos: Bragança à Guarda teria de ser construido de raiz, mas daí até Castelo Branco já está ou estará modernizado em breve. Castelo Branco a Portalegre e Portalegre a Évora teria de ser modernizado, sendo que Évora a Beja não requer um grande investimento, já havendo ligação...destas localidades sairiam ligações como a linha do Douro, da Beira Alta, da Beira Baixa, do Alentejo, que fariam a interligação entre a linha interior e a linha do norte, criando uma verdadeira rede ferroviária que permitiria um maior desenvolvimento destas zonas e do próprio país...
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