Temos assistido nos últimos dias a toda a polémica que gira em torno da colocação de professores. Todos os anos existem milhares de professores e respectivas famílias com a "casa às costas" e com a miragem do desemprego como pano de fundo. É lamentável que ainda existam situações destas no nosso país, integrante da UE e ao mesmo tempo que nos consideramos um país desenvolvido. É pena que estas situações não tenham um fim definitivo. É preciso muito trabalho de equipa e muita coordenação para por a funcionar um mecanismo tão complexo. A interpretação da Lei é difícil e mais difícil é quando é necessário a sua correcta interpretação para a criação de um sistema informático capaz de elaborar as listas de colocações sem falhas e de forma coerente. Tudo funciona em cadeia. Houve a recolha de dados, a sua introdução e o seu posterior processamento. Numa destas etapas algo falhou, possívelmente na introdução correcta dos dados no sistema. Mas a forma como os próprios dados são recolhidos é talvez a parte + importante e fundamental de todo o processo.
Houve todo este tempo para que tudo funcionasse, mas a verdade é que isso não aconteceu. Há escolas por abrir, há outras onde faltam professores mas que funcionam a metade da capacidade...mais uma vez, todos estes acontecimentos terão sequencia em cadeia. As matérias no fim do ano não são completamente dadas, os alunos não têm uma continuidade na aprendizagem pois quando estão a gostar de um professor são obrigados a ter outro no ano lectivo seguinte e tudo isto leva a que a nossa população não se forme correctamente. Temos o resultado de toda esta desorganização espelhada nas notas de acesso à universidade. Matemática e Português com médias negativas e outras disciplinas que pouco vão acima do 10. Seria bom que toda a sociedade em geral e sem excepção se preocupasse e tentasse arranjar uma solução para este flagelo que afecta os nossos jovens, o nosso futuro, o nosso desenvolvimento e o nosso país. São eles a próxima mão de obra que levará ao desenvolvimento do país, à famosa produtividade, à alfabetização por via do ensino obrigatório. Mas será que a forma de ensino, o modelo de colocação, toda a política de educação está correcta no nosso país? É uma reflecção que deixo para os leitores do meu blog e gostava de ver exprimidas as vossas opiniões.
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